Imagine que você está numa estação lotada de pessoas esperando pelo seu transporte; mas ninguém percebe que você está ali. Noutra ocasião, você se senta numa sala cheia, na espera de um médico; mas ninguém nota que você está lá. Depois, você entra numa cafeteria onde quase não há lugar para se sentar; mas também ali ninguém presta atenção em você. Ora, se há tanta gente em todos os lugares, por que motivo ninguém presta atenção em você? A resposta é que hoje, em toda parte que se vá, os olhos de todos parecem estar ligados na tela de um smartphone, consumindo algum vídeo on-line.
Num universo aparentemente tão pequeno como o de um smartphone, um aparelho que cabe na palma de sua mão, há um mundo repleto de tudo que se possa imaginar: utilidades, esportes, notícias, informações, jogos, filmes e muito mais. E o que isso significa para a sua marca? Significa que, se ela não estiver presente ali, estará perdendo uma excelente oportunidade de se aproximar do seu público alvo. Hoje, a conexão das pessoas com seu smartphone e todos os seus conteúdos não é mais apenas um passatempo, ou uma mera utilidade: a conexão das pessoas com o seu celular se tornou cada vez mais uma conexão emocional, uma parte da vida cotidiana de cada um.
Alguns dados ajudam a ilustrar: enquanto no Brasil a participação da mídia digital, em relação à mídia off-line, é de cerca de 33% do total da publicidade, nos Estados Unidos já está em 39%, na Grã-Bretanha 52%, e no Canadá 55%. E se as perspectivas de crescimento da mídia digital são enormes, os investimentos em Mobile não deixam de refletir essas tendências. Enquanto as mídias para Desktop e Tablets representam 33% do total no Brasil, as mídias para Mobile já representam 67%.
Um relatório produzido em 2018 pela Logan e InMobi – State of Mobile Video Advertising – concluiu também que a estratégia de veicular vídeos no ambiente mobile tem se concentrado em vídeos cada vez mais curtos, entre 15 e 20 segundos, uma vez que as pessoas tendem a não se concentrar em vídeos mais longos. Esse achado contribui hoje para produções roteirizadas, que alcançam maiores taxas de conversão de anúncios. A pesquisa mostrou que vídeos com essa média de duração, além de assistidos do início ao fim, são mais facilmente fixados do que vídeos de um ou dois minutos. Em conclusão, quem não entender logo o novo cenário e insistir em criar formatos e conteúdos antigos, logo vai ficar para trás. Corre!