Depois do início da crise econômica provocada pelo Coronavírus, a nossa vida nunca mais será a mesma. É o que todos estão dizendo. Isso já virou até lugar comum. Porém, sabemos também que a vida está sempre mudando, e isso tem acontecido especialmente nas últimas duas ou três décadas, por efeito de diversas novas tecnologias.
A novidade, talvez, é que agora, além da velocidade dos avanços, que tem se acentuado cada vez mais, teremos que enfrentar uma crise que pode ser sem precedentes. A situação está aí, e não há nada que possamos fazer a não ser tentarmos nos adaptar o mais rapidamente possível. Pois se o mundo não pode parar, a grande questão agora é tentarmos saber qual o tamanho dessa crise em que estamos mergulhados. Em especial, temos que prestar atenção nas grandes mudanças que se imporão no cotidiano nos negócios, das pessoas, e também das empresas.
A consequência mais óbvia é que o mundo digital saiu na frente. Já vinha tendo um crescimento exponencial e levando vantagem em relação a todos os outros tipos mais tradicionais de negócios, mas agora tal tendência de crescimento está se acentuando vertiginosamente. Vejamos algumas razões para isso.
As empresas estão sendo obrigadas, em função das paralisações do trabalho, a reavaliar a sua força de trabalho. As possibilidades abertas pela disseminação do Home Office oferecerão uma chance para que todas as atividades das empresas sejam revistas: número de pessoas, horários mais ou menos flexíveis, necessidades de mais gastos em tecnologia da informação, diminuição de despesas fixas com escritórios, aluguéis, luz, etc.
As vendas estão migrando de maneira massiva para o e-commerce. As contingências da crise vão provocar uma aceleração dessa migração, que se tornará não apenas operacional por um tempo limitado, mas sim tende a se impor como uma decisão estratégica, com mudança de foco na publicidade e nas vendas.
As tendências do comportamento do consumidor também estão mudando com incrível rapidez. Já temos, e teremos cada vez mais; aumento das entregas por deliverys (comidas, remédios, livros, etc); aprofundamento da já forte tendência do EAD na educação; disseminação das consultas médicas virtuais; incentivos maiores as videoconferências e outros tipos de encontros pelas redes.
Essas, enfim, são apenas algumas das tendências que começarão a se intensificar num curtíssimo prazo. A crise pode ser forte, mas não vai durar para sempre. E como toda crise, vai trazer não só problemas, mas também muitas novas soluções. E grandes transformações.